24 de dezembro de 2013

As mães do Natal

Não, esse não é um post próspero de feliz de natal!
A noite de natal deixou de ser a muito tempo uma noite de prosperidade, de união, e se tornou uma noite de obrigações e uma noite onde podemos nos mostrar!
Todo ano eu participo de festas de Natal, seja na minha família materna, seja na minha família paterna, seja na família do meu marido; todo ano encontro e reencontro grandes amigos e o assunto é sempre o mesmo:
As mães enlouquecem na véspera do natal.
Elas estão sempre tão preocupadas em ter a casa limpa e arrumada, tão preocupadas em fazer o presente perfeito, o embrulho perfeito, a recepção perfeita que esquecem a verdadeira essência do que é a noite do 24 de dezembro.
Eu tenho uma visão muito especial da noite de natal. Para mim, ela simboliza a união, ela tem o significado de presença, de família.
Desde pequena que fazemos o natal com toda a família. É o momento do ano em que podemos estar todos juntos, pais, avós, tios e primos.
E todos os anos vejo a mesma reação em todas as mães, elas estão tão preocupadas em fazer o natal perfeito e mostrar aos amigos e família que os seus filhos são perfeitos que elas nos forçam a sermos quem não somos e se fazemos algo fora do que elas consideram perfeição elas se descompensam!
Sim, e não é só na minha família, vejo isso em todas as famílias que convivo e também em conversas entre amigos.
É o momento do ano onde podemos finalmente nos encontrar, e no fim, não importa se a comida está bem feita ou se a sobrinha tal teve preguiça de ir ao supermercado comprar pão. O que importa é que podemos em comunhão compartilhar de um jantar juntos, de uma noite reunidos.
Essa deveria ser a essência de um natal.
Para os mais religiosos, a comunhão com o nascimento do cristo.
Para os menos, o simples fato de estarmos todos juntos.
E pronto!
Depois do desabafo, desejo que todos tenham um dia 24 de alegrias entre os que amamos, uma noite de natal próspera e um 25 melhor ainda!
E mães, esqueçam a perfeição...
A verdadeira perfeição es
tá no fato de estarmos finalmente todos reunidos!!!

8 de dezembro de 2013

Tradições sulistas do último mês (parte 2)


Lyon e a sua grande "Fête des Lumières" 


Dia 8 de dezembro, é o dia de agradecer Maria por salvar os moradores de Lyon de todas as pestes pelas quais eles passaram.Existe uma tradição que na verdade se começa no dia 08 de setembro (meu aniversário e também considerado o dia do nascimento de Maria), quando os fiéis portando velas e escudos de ouro fazem uma procissão que sai da Catedral de Saint-Jean (onde estive ontem acendendo uma vela em agradecimento à saúde da minha família) e segue até a Basílica Notre-Dame de Fourvière.Fora essa tradição religiosa, existe uma outra muito mais popular, a famosa "Fête de Lumières de Lyon".
Tudo começou quando os moradores de Lyon fizeram uma estátua de ouro da Virgem Maria. Essa estátua seria inaugurada em 1852 no dia de seu nascimento (8 de setembro); porém por motivos de força maior (uma inundação) ela acabou sendo inaugurada no dia 8 de dezembro. Tradicionalmente em 8 de dezembro era comemorado o dia da Virgem imaculada conceição com fogos de artifício, fanfarra e as janelas iluminadas por velas (algo comumente feito pelos lyoneses em grandes eventos reais). Porém, no dia 08/12/1852 uma tempestade atingiu a cidade o que impediu da festa ser feita, só que no fim do dia a chuva cessou e os moradores iluminaram suas janelas e foram as ruas gritando "Viva Maria" .A partir disso se fez a tradição: todo 08 de dezembro, os moradores da cidade de Lyon acendem pequenas velas e as colocam em suas janelas, como um gesto de agradecimento à Virgem Maria.Com o passar dos anos essa tradição não só foi crescendo como se tornando famosa no mundo inteiro.Hoje é uma festa de proporções grandiosas, com cenografias e espetáculos de luzes nas fachadas dos principais monumentos da cidade.Apesar das 4 milhões de pessoas esse ano, eu consegui aproveitar e ver boa parte do que a cidade propôs. Andar à beira do rio vendo ao lado os monumentos sendo iluminados por uma dança de luzes e ouvindo música clássica 
não é nada mal, nada mal mesmo!
 
ps.: Sempre fazem referências ao "pequeno príncipe" já que Saint-Exupéry nasceu em Lyon.

Tradições sulistas do último mês (parte 1)

No dia 4 de dezembro, o dia de Santa Bárbara , o sul da França germinam o "trigo da esperança".
A forma de se fazer é igual àquela que fazemos quando pequenos (na escola) com o grão de feijão. Forra-se uma xícara com algodão, coloca-se o trigo e depois molha. Completamente molhados , os grãos germinam ao longo de dias para formar na véspera de Natal , a decoração que recebe a família e os amigos na mesa da ceia.
O trigo é o símbolo de abundância e nova vida.
No dia 04 de dezembro desse ano eu descobri essa tradição. Uma amiga esteve em nossa casa portando um saquinho de trigo, comprado em uma padaria. Montamos juntas os potinhos e agora eu olho todos os dias aqueles pequenos grãos tomarem vida.
Ao buscar mais informações pela internet, descobri que o "blé de l'espérance" também é sinal de solidariedade. A maioria dos grãos de trigo vendidos, tem como finalidade ajudar instituições para crianças enfermas. Há também quem vá todo o dia 04 aos hospitais infantis levando o saquinho com os grãos, o algodão e um potinho para plantarem juntos e assim se tornarem mensageiros da esperança.





30 de julho de 2013

Fazenda

Como é bom passar uns dias relaxando em uma fazenda.
Acordamos cedo (ou tentamos), fazemos boas caminhadas, passeios de bicicleta e o mais gostoso (mas tambem o que da mais medo) passeio a cavalo!
ontem foi um desses dias onde pudemos aproveitar todos os momentos com muita diversao e tranquilidade!
pela manha andamos de bicicleta e brincamos nos campos de Feno, na volta pegamos uma bela chuva!
O almoço foi com graos e legumes e ate carne que sao produzidas na propria fazenda.
Depois do almoço andamos a cavalo e no fim do dia fizemos um circuito de quadriciclo!!!
Fiz bastante besteira pois eu tenho muitos reflexos de moto e no quadriciclo é tudo muito diferente! Tive muito medo das descidas, mas nenhum nas subidas!!!
Chegamos em casa imundos de lama, mas nos divertimos bastante!!!
Foram muitas sensaçoes deliciosas que pudemos experimentar, o vento gelado num dia de calor, as borboletas que nos acompanhavam nos caminhos, os caes aue brigavam com a pequena Dalia por passar no territorio deles, a chuva fina caindo sobre nos, o medo de galopar pela primeira vez, e por fim, toda a adrenalina de fazer um percurso dificil de quadriciclo!
Cheguei em casa cheia de pequenos cortes pois esqueci de levar luva e coberta de lama da cabeça aos pes! Mas valeu muito a pena!
Em baixo as fotos!





19 de julho de 2013

Minhas primeiras impressões do Sul da França!

Pra começar, eles são muito hospitaleiros, sim, fui muito bem recebida em todos os lugares que passei até agora e todos tentavam conversar comigo em espanhol.
Então o mito de que os franceses são grosseiros não vale pro sul da França.
As cidades ficam lindas no verão, muitas flores espalhadas por toda cidade, festivais de música na rua.
Anoitece depois das 21:30h então eles realmente aproveitam o dia ao máximo.
É muito comum, muito mesmo, as mulheres fazerem topless na praia ou no lago.
Também é muito comum os franceses fazerem piquenique no almoço, só para aproveitar mais o dia.
Os Sulistas tem um sotaque engraçado.
Os homens falam besteirinhas (querendo "paquerar") mesmo se você tiver acompanhada. Semana passada um cara na feira deu em cima da minha sogra com meu sogro do lado! Morremos de rir!
No verão todos fazem esporte, comem muitas frutas e legumes, pois no inverno aqui, só carne e batata!
Eles também fazem festivais de música na rua em todas as cidades.
As mulheres mais velhas (avós) não raspam os pêlos que tem em baixo do braço, sim elas fedem, em compensação as mulheres mais novas raspam tudo em todas as partes visíveis do corpo (algumas até os pelos do braço)

Banho aqui é todos os dias, e às vezes mais de uma vez por dia, afinal de contas, faz bastante calor no verão. Hoje fez 36º meio dia!
A água dos rios e lagos é sempre muito gelada e muito cristalina.
Quase todos os carros são a diesel então fica difícil diferenciar o barulho de cada carro (eu nunca sei se é o Cédric mesmo que ta chegando em casa)

Os jardins, pomares e hortas são sempre abertos e todos respeitam (menos eu que roubei cerejas no pomar de uma fazenda)
O morango daqui é incomparavelmente mais gostoso que o do Brasil, em compensação a banana... 
Nas cidades de praia, todos andam de roupas e sapatos, e trocam pelo chinelo e pelo biquini na própria praia!

Tem gaivotas para todos os lados, elas são lindas! Ah, patos também, e apesar de ser uma comida tipica da França, eles não comem os que encontram na natureza.
Franceses bebem vinho com tudo e levam vinho sempre que visitam um amigo (isso eu ADORO)
Franceses viajam em trailers durante o verão, é comum ver trailers por toda a estrada e nos campings!
Os franceses dançam de um jeito REALMENTE engraçado!!!
 








Milão, as estradas da Itália e as Brasileiras

Saímos do sul da França rumo a Milão. 5 horas de viagem de carro que se tornaram intermináveis por conta dos inúmeros túneis que passamos.
Chegamos de madrugada e a nossa amiga já estava dormindo.
No dia seguinte fomos andar pela cidade.
Conhecemos a Galeria Vitorio Emanuelle onde encontramos as melhores lojas do mundo.
O chão da galeria era todo decorado e em uma parte tinha um boi em mosaico. Uma tradição de Milão é rodar o calcanhar dando 3 voltas em cima do saco do boi, uns dizem que dá sorte, outros que você voltará a cidade muitas vezes.

Existem muitas e muitas igrejas belíssimas, cada uma com uma grande história. A mais impressionante era a Catedral Duomo. Uma construção gótica que começou a ser construída no século XIV e foi finalizada no século XIX.
Enorme!
Cheia de pontas, estátuas e muito linda por dentro. A entrada é gratuita porém exige paciência pois a fila é grande. Para tirar fotos dentro dela é preciso pagar 2 euros, mas no final ninguém paga e todos tiram fotos.
Lá dentro é bem escuro e os seguranças prezam pelo silêncio todo o tempo.
Eles reclamaram em um momento em que eu e o Cédric nos abraçamos e demos um selinho.
Na saída encontramos uma barraca onde vendia guaraná antártica... Claro que compramos!

Saímos e continuamos nosso passeio.
No fim do dia fizemos um "happy hour" próximo ao canal. Você paga pelo seu drink e come a vontade.
As comidas são todas deliciosas e muito parecidas com o que comemos no Brasil o que me fez pensar no quanto o Brasil tem influências Italianas. Muito mais do que qualquer outra cultura que eu já conheci.
Após o Happy Hour ficamos assistindo um campeonato interessantíssimo de Surf no canal. Algo que nunca imaginei ver. Bem legal!

Fomos pra casa e dormimos cedo. Fazia calor, bastante calor.
No dia seguinte alugamos bicicletas para passear pela cidade. O que foi uma excelente ideia.
Bebemos o famoso café italiano e depois fomos à primeira igreja do dia. Me decepcionei com Santa Maria delle Grazie, pois para ver a pintura de Da Vinci " A Última Ceia" é preciso marcar com muitos dias de antecedência e nada disso foi informado nos sites que procurei.
Conseguimos entrar na parte da Igreja e estava tendo uma missa no momento. Todos cantavam o Pai Nosso e obviamente eu me emocionei. Lindo demais.

Passeamos por um parque que termina no castelo da cidade. Muito aberto e muito iluminado, uma graça!
Almoçamos em uma brasserie onde fomos muito bem atendidos. Comi uma pizza com molho de trufas, presunto de parma e queijo padano. Mais italiano impossível. Tava uma delícia!
Continuamos nosso passeio nos arredores do castelo e tomei um banho na fonte que fica em frente.
Infelizmente viemos embora cedo porque tínhamos um grande caminho repleto de túneis na volta!
Fiz algumas comprinhas especiais por lá: uma cesta de piquenique super tradicional e linda, uma luminária de leds que eu uso todo o tempo e além disso ganhamos muitas coisas muito importantes para um apartamento.
No caminho de volta comprei 2 vinhos e uma pasta (macarrão) porque não teria graça voltar à França sem trazer coisas tradicionais da Itália!

9 de julho de 2013

Nouvelle vie

A exatos 30 dias atrás eu mudava de vida!
Saía de casa com 2 malas pequenas, uma quantidade irrisória de dinheiro e um coração cheio de esperança; rumo a uma viagem de avião, sem retorno previsto!

Tudo muito novo, nova língua (que eu não domino bem), novo país, velho mundo.
A 30 dias atrás eu me mudei pra cá.
Sim, a chérie finalmente se mudou pra terra do fromage.
Foi uma decisão rápida, sem muito pensar. Ele veio antes (bem antes) e assim que possível eu vim. Comprei uma passagem 20 dias antes, organizei meus documentos e saí correndo em busca do amor.
Os últimos dias foram de muitas despedidas, muitas "comemorações" e muito trabalho, sim eu precisava do máximo de dinheiro que eu conseguisse.
Na mala, algumas poucas roupas, uns presentes pra ele, livros que não consegui me desfazer e um coração cheio de medo e expectativa.

Muitas lágrimas da família, um misto de saudade e felicidade, um aeroporto triste. Lembranças de tantas chegadas e partidas vividas durante esses 3 anos que eu estou com o Cédric, e naquele dia, mais uma despedida, essa mais dolorosa, pois não tem previsão de um novo encontro e dessa vez a dor era maior, eram 4 amores maiores que o mundo, eram meus pais, irmão e cunhada.
Entrei no avião com a certeza de que estava no caminho certo (ainda possuo essa certeza), sem medo de ser feliz.
A viagem em sí foi tranquila, chata como toda viagem de avião. Na escala conheci uma francesa que vivia com um brasileiro, e passaram pelos mesmos problemas que nós enfrentamos hoje; ela me deu muitas esperanças e muitos sábios conselhos.
Cheguei renovada, com o coração apertado, e lá estava ele!
Lindo, com um buquê de rosas em uma mão e o convite para viver um conto de fadas na outra. Meu coração se encheu de tanta felicidade. Ele estava lá, depois de 8 meses morando longe, depois de 4 meses sem nos vermos pessoalmente, depois de tanta dor, tanta saudade, finalmente estávamos juntos...
Eu, ele, as minhas lindas rosas e toda a ansiedade de viver a nova vida!
Passeamos um pouco pela cidade e fomos rumo a nossa casa. Sim a nossa casa!
Uma casa pequena, simples com uma decoração toda vintage, com fotos nossas espalhadas por todos os cômodos.
Ele fez o jantar como um verdadeiro chef, e me fez me sentir tão em casa quanto na minha casa do Brasil!
Fomos dormir cansados e felizes! E cheios de amor, de muito amor!
Bom, o começo eu já contei.
Aos poucos eu vou contando como foram esses primeiros 30 dias aqui, vou postando fotos e dando minhas considerações da nova vida francesa!




12 de março de 2013

As ostras e o dia de Natal


Era natal.
O primeiro natal que ela passava com a família dele!
Além de todas as novas experiências que ela vivia, ela precisava participar de todas as tradições natalinas.
Era difícil explicar para sua futura sogra que ela não simpatizava com as ostras, só o cheiro já incomodava, mas ela não podia dizer não!
Era uma tradição na família deles, e ela tinha que comer!
Aquela coisa gosmenta, com cheiro de peixaria aquela sensação de que aquilo não ia descer bem!
Enfim, compraram as ostras.
Como era tudo muito novo pra ela, novo país, novo idioma, nova cultura, resolveu experimentar!
Decidiu que não teria frescura com nada, afinal de contas, quando é que ela poderia passar por tudo aquilo novamente?
O namorado dizia: - Calma amor, eu sei que você vai gostar! Eu te conheço, é uma delícia!
E ela pensava: - Ai meu Deus, nem dizer que eu não gosto eu não vou poder dizer, vou ter que engolir e fazer cara de paisagem! Arf
E começa o jantar!
Petiscos deliciosos, um aperitivo com gostinho de quero mais! Uma excelente conversa, ok uma tentativa de conversa, com os amigos que passariam aquela noite tão esperada conosco.
Ela até se esqueceu que tinha ostras no cardápio.
Em um determinado momento ela já estava falando em Francês com todo mundo, rindo dos seus erros típicos de uma aprendiz.
Risos pra lá, aperitivo pra cá e a sogra chega com as entradas.
Salmão defumado com um molhinho de creme fraiche e limão siciliano.
Estava impecavelmente servido e o gosto, nossa, dos deuses!
A segunda entrada foi camarão com um molho delicioso de maionese.
- Bom, acho que desistiram das ostras cruas, tomara!
E mal ela pensa e a sogra a pede para ir à cozinha buscar a outra entrada.
Sim, as ostras.
Um prato gigante, com aquelas conchas fechadas , tudo mal disposto, sem nenhum glamour.
Aquele cheiro de peixaria volta a pairar sobre o ambiente.
Mas bom, depois de uns aperitivos, ela já está levemente bêbada e pensa por que não?
O cunhado a ensina a abrir. Até aí tudo bem... O problema é que ela olha ao seu redor e percebe que todos da mesa estão olhando, ansiosos para ver a sua reação.
Ferrou, sobe um calor, depois ela se arrepia toda. Sente mais uma vez o estômago embrulhar com o cheiro de peixaria.
Mas a essa altura, não há o que fazer. Com a ostra na mão, o molho na outra, ela mistura os dois e engole o mais rápido que consegue.
Não pôde definir se era bom ou ruim, foi tão rápido que não deu tempo nem de fazer cara feia.
Enfim todos percebem que a reação dela não foi de todo ruim e voltam aos seus pratos.
O namorado oferece mais um, ela recusa, eles se olham e ele entende que aquilo já foi muito pra uma noite de natal fora de casa.
Ele como sempre atencioso e carinhoso com ela, faz uma brincadeira: - Que bom que você não quer chérie, porque sobra mais pra mim.
Ela sorri aliviada!
Conseguiu passar pela prova do jantar da sogra com tranquilidade.
Mas a verdade é que NUNCA MAIS ela comeu ou comerá uma ostra.
Não pelo gosto, afinal, ela não teve tempo de sentir, mas pela aparência e principalmente, pelo cheiro.