31 de agosto de 2011

24 de agosto de 2011


E para finalizar a noite e reforçar o que foi dito no post anterior, eu deixo uma foto de um desses momentos que temos que guardar para o resto da vida, e pela qual eu fiz questão de não usar nenhum photoshop!
A foto é da minha formatura, momento importante, porém muito triste para mim...
Fazia apenas 20 dias da morte do meu irmão do meio, eu fui praticamente obrigada a ir, e só aceitei porque sabia que seria importante para meus pais...
Mas a verdade é que eu não estava feliz, faltava um grande pedaço do meu coração...
Não tive vontade de me arrumar, não tive vontade de me maquiar, não tive vontade de sorrir.
E hoje vejo a foto e sei que era exatamente assim que eu estava, era exatamente essa a Elisa que viveu aquele momento de alegria e profunda tristeza ao mesmo tempo.
E ADORO olhar essa foto e recordar das palavras da minha mãe me dizendo que meu irmão estava muito orgulhoso e que esse anel aí no meu dedo foi o último presente comprado por ele...

O photoshop e a visão deturpada da realidade!

Eu acredito fielmente na máxima que diz:
A fotografia eterniza momentos
Mas esses momentos estão se tornando bem diferentes da realidade com o uso excessivo do photoshop.
Não só em revistas e televisão, mas no nosso dia dia.
As meninas de hoje sabem usar o photoshop como um profissional, tiram espinhas, celulites, afinam cinturas...
Eu trabalho com fotografia e meu lema é registrar os belos momentos com o máximo da realidade!
Tenho gosto por buscar o melhor de cada pessoa e poder fotografar da forma mais bela.
Gosto do natural...
E uma coisa que percebi depois de um dia cansativo de trabalho que tive hoje é que as meninas não se importam mais em valorizar o seu melhor...
Elas tem o photoshop pra consertar.
Elas não querem mais ser fotografadas em belos lugares, fazem em estúdio e depois me pedem pra colocar a Torre Eiffel no fundo.
Não faz sentido, não faz o menor sentido...
Eu vejo a fotografia como uma representação de quem você é, do seu momento...
Para nos anos seguintes poder olhar com carinho para cada uma dessas fotos e lembrar de tudo que foi vivido.
Para poder sentar ao lado dos seus filhos e mostrar a eles como você era quando tinha a mesma idade.
E como será quando tivermos nossos filhos?
O que eles vão achar de quem fomos?
Não sei como será, só sei que não gosto do que vejo hoje...
Os conceitos de verdade e de naturalidade estão deturpados.
Qual o problema em ter gordurinhas aqui? Ou espinhas alí???
Somos o que somos, o que vivemos, o que comemos o que fazemos...
Uma vez fotografei um casamento ao ar livre. O local era uma gracinha, mas haviam casas apenas no tijolo ao fundo, beeeem ao longe...
No fim da festa quando a noiva foi olhar as fotos, a primeira coisa que ela me pediu foi para apagar essas casas(que mal apareciam pois estavam desfocadas -ou embaçadas como alguns dizem-), pois ia parecer que ela estava se casando em um lugar pobre.
Minha primeira observação foi a seguinte:
Será que ela prestou atenção na foto onde eu registro o olhar apaixonado do noivo? Será que ela viu que eu registrei um momento de carinho dos seus pais com ela?
Ou será que ela ficou prestando a atenção apenas na olheira que não foi escondida pela maquiagem e nas casas em construção ao fundo?
Minha segunda observação foi:
Sim, ela estava se casando em um lugar humilde, seu casamento apesar de lindo, foi sim um casamento humilde, e qual é a vergonha disso?
Você agora vai mostrar o que não tem?
E ainda por cima vai registrar isso para que todo mundo ache que você uma pessoa que na verdade não é você?
Bom, eu respeito e sempre respeitei as decisões de cada um, mas acho tudo isso muito estranho...
As pessoas dizem que não podemos viver em contos de fadas, mas no final é exatamente isso que elas fazem.
Sou fotógrafa, e é claro que sei usar o photoshop, estudei pra isso, mas vou continuar para o resto da minha vida acreditando que o que é natural é mais verdadeiro, é mais puro, portanto muito mais belo!

23 de agosto de 2011

E foi assim que eu me apaixonei



Por você meu bem!



Essa foto tem quase um ano, mas chegou apenas hoje em minhas mãos!
Estou encantada...
Acho que estou me apaixonando denovo!
Como pode uma fotografia fazer um coração acelerar, os olhos brilharem por alguém que já se ama?

22 de agosto de 2011

Teóricamente, muito teóricamente eu me encontro no meu inferno astral.
Engraçado...
O que será que eles querem dizer com inferno astral?
Sabe, alguma coisa eu tenho certeza: Tem algum sentido, porque o mês anterior ao meu aniversário é o mês onde mais acontecem coisas em minha vida!
Coisas muito boas, coisas muito ruins...
De tudo um pouco.
E a cada ano que passa é uma coisa nova.
Os piores momentos da minha vida eu passei no meu inferno astral, os melhores momentos idem.
A morte brutal do meu irmão, a minha formatura!
Quando conheci meu ex marido, quando me separei dele!
Quando conheci meu atual namorado...
Quando tive meus melhores e meus piores trabalhos.
É o mês em que mais faço amigos e mais crio e fortaleço os laços com eles.
É o mês que desfiz grandes amizades também!
Mês de brigas, de decisões, de indecisões...
É definitivamente um mês intenso.
Um mês de um grande excesso de memórias!
E por mais que a cada ano eu viva novas experiências, eu sempre me recordo com detalhes de tudo que já vivi no mês do meu "inferno astral"
Não deveria se chamar inferno...
É uma palavra pesada, ruim...
E mesmo vivendo muitos momentos muito ruins nesse período, foram todos eles de grande aprendizado, de amadurecimento...
E sou feliz por ter vivido cada mês de agosto nesses 25 anos da minha vida...
Porque sem eles, eu não teria força, sem perder a delicadeza...

Obrigada por existir mês de AGOSTO! rsrsrs

Obrigada por tudo que me esninaste...
Um período tão insignificante aos olhos do mundo e tão sério aos meus!

Estou impressionada com a capacidade do ser humano de não apreciar o que os eventos podem nos proporcionar...
Fui pela primeira vez ao festival da cachaça, cultura e sabores, mais conhecido como festival da pinga...
Muito bem organizado com uma excelente estrutura assim como todos os festivais de Paraty...
Com um único porém...
O público que frequenta...
Aposto que a maioria das pessoas não se preocuparam em conhecer o que cada barraca tinha de melhor...
Apenas foram lá para beber até cair...
Quando cheguei eu pude ver brigas, pessoas caindo e vomitando, sexo explícito, polícia tendo que dar conta, o pronto socorro muito cheio...
E isso na chegada!
O dinheiro que cada um gastou comprando as garrafinhas e bebendo lá como se fosse uma pinga qualquer sem valor, elas poderiam ter comprado as mesmas garrafinhas e levado pra casa, para apreciar...
Cachaça não é para beber como se fosse água...
É para ser apreciada...
Como um licor, ainda mais as cachaças artesanais de Paraty...
Senti essa diferença pois fui em 2 dias com 2 grupos de pessoas diferentes...
No primeiro dia fui com amigos que queriam beber!
Claro, somos jovens e todos no nosso grupo bebem bebidas alcoólicas...
Me diverti muito com eles, mesmo estando sóbria.
Mas para mim foi como um dia qualquer, como uma festa qualquer, que poderia ter sido feita em qualquer outro lugar com qualquer outro tema.
Foi muito bom, sim foi, mas a impressão que tive do festival era de que estávamos em uma balada para "encher a cara".
O segundo dia foi bem diferente...
Eu estava com um grupo de amigos que não tinha a intenção de ficar bêbados e sim de conhecer e experimentar as cachaças locais...
Sentir sabores, comparar, conhecer outros produtos feitos da cachaça...
Degustar mesmo...
Acho que experimentamos todos os sabores e variações, de todas as barracas...
Eu que sou a mais fraca, fiquei "alegre", mas em 20 minutos sem beber nada eu já estava bem denovo...
Conhecemos algumas pessoas da culinária local, experimentamos de tudo...

Deu para entender o conceito do Festival!
Deu pra acrescentar um pouco mais da cultura brasileira em minha vida...

Eu vivenciei os dois lados da moeda... fica a seu critério escolher qual mais te interessa...
E falando em interesse, o festival acontece todos os anos no mês de agosto na cidade de Paraty.
Mais informações pelo site www.festivaldapinga.com.br

Os amigos, o amor, à nova vida! 1 brinde de 1 ano


Conversas estranhas, fortes desabafos, 1 garrafa de vinho.
A uva? Shirah, uma delícia, encorpada de sabor forte e característico, sem retrogosto no fim do gole!
Assuntos aleatórios, assunto do íntimo pessoal, e foi assim que a amizade se fortaleceu naquele dia, e foi assim que a vida deu a ela mais uma lição...

Mas vamos pelo começo.

SOLIDÃO! Essa é a palavra que melhor definia como ela estava se sentindo naquele momento. Tentativas de conversas em vão na loja de cd's, uma de suas clientes esteve em sua casa e pelo pouco conversado ela chegou a conclusão de que não estava sozinha em se sentir sozinha. Conversaram, ela pensou:
- Quem sabe daqui pode surgir uma nova amizade?
Ah a amizade! Algo tão raro em sua vida ultimamente. Um grande excesso de pequenos contatos, muitas festas e diversão, mas por onde andava a verdadeira amizade?
Não que ela não tivesse, mas onde estavam naquele dia tão solitário?

Cada um em uma cidade, ou até em um país, cada um seguindo sua vida e ela alí, estagnada, perdida no seu excesso de trabalho (que não a permitia fortalecer novos laços).
Sua única esperança no dia era o namorado.
Ah o namorado, tão distante e ao mesmo tempo tão próximo...
Ela liga, ele atende, mal começaram a conversa diária que demorava em média 2 horas o inesperado acontece:
- Amigos? Amor, nossos amigos chegaram aqui, peraí que vou passar o telefone pra eles.
Primeiro com ele, e depois com ela, e o namorado do outro lado da linha conversa. Enquanto isso ela arruma uma pequena bolsa, poucas, coisas, um pijama, um biquini, chinelos...
- Ok está tudo aqui, podemos ir. Amor, estou indo com eles, amanhã nos falamos novamente, te amo...
- Ah como eu queria você aqui conosco - pensa ela.
E a noite se segue... A conversa flui com naturalidade como sempre é quando estão juntos. Ela reclama um pouco do namorado, da distância, faz planos pra nova viagem com eles e dalí surge um risoto.
Espinafre com gorgonzola...
-Qual será o que eu realmente gosto mais? Gorgonzola ou Roquefort? Qual será a verdadeira diferença?
Histórias engraçadas, conversas mais sérias e o vinho.
Ah o vinho! como ela gosta dele, a textura, o sabor penetrante... Se os vinhos falassem, seriam definitivamente seus melhores amigos... com certeza seus companheiros diários de culinária!
Risadas durante o delicioso jantar, idéias para trabalhos, até uma parceria surgiu.
A noite termina com deliciosos cupcakes! Gengibre com cravo e canela e o outro de chocolate com laranja... Impecáveis!
E mais um brinde! o último da noite!

Nada de especial foi feito daquele encontro, mas foi suficiente para matar um pouco da saudade!


ps.: Para ser perfeito só faltou mesmo o namorado alí...

- E a temerosa palavra?
- Qual? SOLIDÃO?
- Sim ela mesma
- Ih essa ficou trancada em seu quarto ao lado dos travesseiros e do telefone celular, enquanto ela vivia...

E não há nada que a faça se sentir mais viva do que a amizade!
Ah a amizade!