3 de junho de 2012

Ela escreve

É noite. Para ser precisa meia noite. Ela escreve. A casa silencia o cansaço, o amor traquilo se relaxa. Mas o coração dela pulsa, pulsa numa vibração atípica, forte, descompassado. Ela escreve... Naquele dia não havia feito nada em especial, não fotografara, nem conhecera novos lugares (sim, ela se fascina a cada viagem), só ficou em casa, simples assim... Seu almoço foi comum, e seu dia transcorreu normal. Mas não é possível, algo aconteceu para ela finalmente voltar a escrever! Bom, na verdade aconteceu sim, um filme. Um filme que foi visto por ela pela 2ª vez. Algo naquele filme mexeu com o coração dela, revirou sua alma e encheu-a de criatividade. Do filme surge uma frase: "A cada rua que passo, vejo uma nova forma de arte!" E alí, sentada escrevendo, ela relembra seus últimos passeios, revive suas últimas viagens... Em cada lembrança uma pintura, uma foto ou até mesmo um desenho mal feito, tudo precisa ser registrado! Vem em suas memórias as suas antigas cartas, textos e memórias mal escritas, apenas sentidas e passadas para o papel... Sente uma necessidade muito grande de encontrá-los, catalogá-los, quem sabe até escrever um livro que sirva de presente para os netos. E ela escreve. Seu coração pulsa, descompassado, vibrante; Tem vontade de sair, caminhar descalça na areia, ela e um bloquinho de papel... Mas a metrópole não permite, ela escreve... (Filme assistido: Meia noite em Paris)